O
último dia do II ERA Sul, 01º de maio, iniciou com o 4º painel do encontro, com
o tema: “A quem serve a nossa formação profissional e os desafios da construção
da Agroecologia”, ministrada pelo mestrando em Desenvolvimento Rural, Edmundo
Hoppe Oderich e pelo representante da Secretaria
de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Sasso.
Quando
questionado sobre como trazer mais pessoas para continuar essa construção na
Agroecologia, Edmundo destaca que é preciso “tentar sensibilizar para mudar o
modelo atual e ajudar a construir esse novo, tornando-se referência dentro da
estrutura da Universidade, influenciando não só estudantes, mas a sociedade em
geral, buscando parcerias com movimentos sociais, além disso, buscar contato
com estudantes de outros cursos.” Fazendo-se possível a organização dos
acadêmicos, começando dentro da universidade e expandindo esse novo modelo, o
que foi destacado no II ERA Sul.
Para a
construção da Agroecologia se faz importante “romper com a ciência clássica,
romper com essa ‘quadradice’, buscando aquilo que nos une, não o que nos
separa, dessa forma, juntar as habilidades individuais de cada um, que servirão
para somar no grupo”, é o que destaca Rodrigo
Sasso, durante a explanação que gerou debates sobre a temática apresentada.
Cada
acadêmico deve assumir para a vida o investimento de se estudar em uma
universidade pública, “esse dinheiro vem dos impostos da população de cada país
e, quando esses saem formados, devem por em prática o que aprenderam na
universidade e assim, aos poucos, buscarem mudanças para a sociedade em que vivem”,
destaca Edmundo Hoppe Oderich, referindo-se que cada pessoa pode fazer sua
parte e, assim, todos juntos construirmos um mundo mais sustentável.
Para a
participante da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de Erechim, “a iniciativa
é válida, porque aqui foram trazidos princípios que não são discutidos na
universidade e quando são, são superficiais, este é um bom espaço, pois são os
estudantes buscando complementar sua formação”.
Ao
término do evento que teve a participação de agricultores da região e mais de 300
estudantes dos cursos de Agronomia, Geografia, Direito, Ciências Sociais,
Engenharia Ambiental, Engenharia Ambiental e Energias Renováveis, Gestão
Ambiental, Tecnólogo em Agronegócio, Enologia que é o estudo do vinho,
Zootecnia, Licenciatura em Ciências da Natureza, Nutrição, Biologia, História,
Engenharia Florestal, Enfermagem, Jornalismo, Terapia Ocupacional e Psicologia,
contabilizaram-se a participação de nove Instituições de Ensino: UFRGS, UFPR,
UNIPAMPA, UNIJUÍ, UFU, UFFS, UFSM, UEL E UFPEL. Além disso, fizeram-se presentes
representantes da Colômbia, Venezuela e Argentina. Segundo avaliação da estudante
de Agronomia da Universidade de Cundinamarca, na Colômbia, Nubia Carrillo o
encontro foi
“muito legal, um espaço de trocas de experiências, chamando gente nova
para o Movimento Estudantil e para a luta pela Agroecologia”.
Adilvane
Spezia e Andreia Primaz Eckhardt